Mais de 40 milhões de eleitores já votaram antecipadamente em todo o país nestas eleições, em que estão em jogo as maiorias na Câmara dos Representantes e no Senado, as duas câmaras do Congresso dos Estados Unidos.
Trata-se de eleger os 435 lugares na Câmara de Representantes, 35 dos 100 lugares do Senado e ainda 39 governadores.
Para muitos analistas, estas eleições são uma espécie de referendo ao atual Presidente, o democrata Joe Biden, 79 anos, mas também um teste à popularidade do seu antecessor, o republicano Donald Trump, 76 anos, que apoia vários candidatos.
Biden apelou ao país para "defender a democracia" nestas eleições intercalares e Trump prometeu um "anúncio muito grande" na próxima semana, sugerindo uma nova candidatura à Casa Branca nas presidenciais de 2024.
As mais recentes sondagens indicam que os republicanos têm fortes probabilidades de retirar o controlo da Câmara de Representantes e do Senado aos democratas, num resultado que pode criar dificuldades acrescidas ao Governo de Biden para fazer aprovar medidas no Congresso.
Uma derrota dos democratas não será uma surpresa, não apenas pela fraca popularidade de Biden, mas também porque, nas últimas 25 eleições intercalares, apenas por três vezes o partido que controla a Casa Branca conseguiu vencer.
Na campanha, os republicanos apostaram nas críticas à política de imigração de Biden, bem como à dificuldade de gerir o aumento da inflação (que está acima dos 8%) ou o aumento da violência urbana.
Já os democratas destacaram a agenda social, nomeadamente a proteção do direito ao aborto ou o aumento do número de empregos na economia.
A forte polarização na campanha leva os analistas a acreditarem que a participação eleitoral será elevada (tal como aconteceu nas presidenciais de 2020) e o voto antecipado (que se iniciou há várias semanas, presencialmente e por correspondência) já deu indicações nesse sentido.
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