Tensa espera por resultados de 3 estados-chave para controlo do Senado

As corridas a três lugares no Senado norte-americano estão a revelar-se particularmente renhidas nas eleições intercalares, realizadas na terça-feira, e irão ser decisivas para uma vitória Republicana ou uma eficaz defesa Democrata.

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Lusa
09/11/2022 17:35 ‧ 09/11/2022 por Lusa

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EUA/Eleições

Ron Johnson, reeleito para o Senado, é o mais recente sucesso Republicano, deixando o partido a três lugares de conquistar a maioria na câmara alta do Congresso norte-americano, quando estão quatro em disputa e um deles é uma disputa entre dois Republicanos.

Johnson foi declarado vencedor, com 99% dos votos contados, com um ponto de vantagem sobre o rival Democrata Mandela Barnes.

Com esta vitória, os Republicanos somam 48 lugares no Senado, os mesmos que os Democratas, com quatro lugares na câmara alta em disputa, um dos quais, no Alasca, sem hipóteses para os Democratas.

Com 77% dos votos contados no Nevada, o Republicano Adam Laxalt segue na frente com uma vantagem de 2,7 pontos sobre a Democrata Catherine Cortez-Masto.

Na Geórgia, com 98% dos votos contados, o candidato Democrata ao Senado, Raphael Warnock, segue à frente do rival Republicano, Herschel Walker, por apenas 0,9 pontos percentuais (uma diferença de apenas 35 mil votos).

Os Democratas seguem na frente também no Arizona (66% dos votos contados), com Mark Kelly a cinco pontos à frente do Republicano Blake Masters.

Para manter o controlo do Senado, os Democratas terão de ganhar pelo menos duas destas três corridas, perfazendo 50 dos 100 lugares, os mesmos que tinham antes destas eleições.

Para a Câmara dos Representantes, segundo as projeções de vários 'media' norte-americanos, os Republicanos estão neste momento com uma vantagem de 200 lugares contra 174 dos Democratas.

Para chegar à maioria, os Republicanos precisam de conquistar mais 18 lugares, de 61 ainda em disputa.

O líder dos Republicanos na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, dirigiu-se pela primeira vez aos seus apoiantes, na madrugada de hoje, garantindo que o seu partido iria conseguir a maioria na câmara baixa do Congresso, apesar de estarem ainda por decidir dezenas de lugares, dos 435 em disputa.

"Quando amanhã acordarem, seremos a maioria e Nancy Pelosi (a líder da bancada democrata) será minoria", assegurou McCarthy, que deverá garantir o seu lugar como congressista pelo estado da Califórnia.

Ainda assim, a intervenção de McCarthy foi feita bem mais tarde do que estava inicialmente previsto, o que reflete a incerteza dos resultados e, sobretudo, algum desapontamento entre as fileiras Republicanas, que tinham expectativas de estar bem à frente dos seus rivais nas primeiras horas da contagem de votos.

As projeções avançadas por várias cadeias televisivas norte-americanas apontam para uma vantagem Republicana na Câmara dos Representantes, entre cinco e 10 lugares, contra a desvantagem de cinco lugares da legislatura que agora termina.

As eleições intercalares norte-americanas realizadas na terça-feira determinarão qual o partido que controlará o Congresso nos dois últimos anos do mandato do Presidente Joe Biden (Democrata), estando também em jogo 36 governos estaduais e vários referendos estaduais a medidas sobre questões-chave, incluindo aborto e drogas leves.

Em disputa estão todos os 435 lugares na Câmara dos Representantes, onde os Democratas atualmente têm uma estreita maioria de cinco assentos, e ainda 35 lugares no Senado, onde os Democratas têm uma maioria apenas graças ao voto de desempate da vice-presidente Kamala Harris.

As eleições podem não apenas mudar a cara do Congresso norte-americano, mas também levar ao poder governadores e autoridades locais totalmente comprometidos com as ideias do ex-Presidente Donald Trump (Republicano).

Uma derrota muito pesada nestas eleições pode complicar ainda mais o cenário de um segundo mandato presidencial para Joe Biden.

Leia Também: Wall Street em baixa à espera dos resultados das eleições nos EUA

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