"Acolhemos com muita honra e prazer uma delegação de mulheres iranianas", declarou o Presidente francês no decurso do Fórum de Paris sobre a Paz.
"Quero reafirmar-vos aqui e verdadeiramente o nosso respeito e a nossa admiração no contexto da revolução que estão em vias de concretizar", acrescentou.
Segundo o Eliseu, a delegação integrou Masih Alinejad, uma militante iraniana instalada em Nova Iorque e que incentiva as mulheres iranianas a protestarem contra a obrigação de usarem o véu, Shima Babaei, empenhada na obtenção de informações sobre seu pai desaparecido, Ladan Boroumand, cofundadora de uma organização de defesa dos direitos humanos sediada em Washington, e Roya Piraie.
Em meados de outubro Emmanuel Macron afirmou que a França permanecia "ao lado" dos manifestantes iranianos. Teerão denunciou uma "ingerência".
A rádio France Inter anunciou que vai difundir na segunda-feira uma entrevista com Macron e na qual "precisa a posição da França".
O movimento de contestação iniciou-se em 16 de setembro em diversas cidades do país após a morte sob custódia policial da jovem curda Mahsa Amini, 22 anos, detida três dias antes pela polícia dos costumes por uso incorreto do véu islâmico.
As manifestações pela liberdade das mulheres evoluíram ao longo dos dias para uma contestação ao regime religioso, confrontado com um desafio sem precedentes desde a revolução islâmica de 1979.
Os protestos foram reprimidos duramente pelas autoridades, com pelo menos 277 mortos e milhares de detidos, segundo a Iran Human Rights, uma organização não-governamental (OGN) com sede em Oslo.
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