Os bombardeamentos russos destas cidades seguiram-se ao da capital da Ucrânia, Kiev.
"Estão a ouvir-se explosões em Lviv. Mantenham-se abrigados!", exortou na plataforma digital Telegram o autarca de Lviv, Andriï Sadovy, precisando que "uma parte da cidade está sem eletricidade".
"Ataque com mísseis à zona de Industrialniï, em Kharkiv", indicou, por sua vez, o seu homólogo da segunda cidade da Ucrânia, Igor Terekhov.
Cortes de eletricidade de emergência ou em consequência dos bombardeamentos verificam-se, neste momento, em várias regiões da Ucrânia, segundo as autoridades locais.
Em Lviv, o metropolitano está "parado", disse no Telegram o presidente da câmara, e uma parte da cidade de Kharkiv sofreu igualmente cortes de corrente elétrica, de acordo com a autarquia.
"Pelo menos" metade dos habitantes de Kiev está sem eletricidade, indicou, entretanto, a autarquia da capital ucraniana.
Interrupções voluntárias foram colocadas em prática na região de Sumi (nordeste), fronteiriça com a Rússia, segundo o governador regional, Dmytro Jyvytskiï, para preservar a rede.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 265.º dia, 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
[Notícia atualizada às 15h23]
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