Bombardeamentos mostram “apenas a fraqueza” de Putin, diz James Cleverly

A Ucrânia foi fortemente atacada por vários mísseis russos, esta terça-feira, que atingiram essencialmente a infraestrutura crítica de todo o país.

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Daniela Carrilho com Lusa
15/11/2022 19:41 ‧ 15/11/2022 por Daniela Carrilho com Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

O secretário dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, James Cleverly, condenou os bombardeamentos com mísseis contra o território ucraniano, afirmando que revelam "apenas a fraqueza" do presidente russo, Vladimir Putin.

"O ataque insensível às cidades ucranianas demonstra apenas a fraqueza de Putin. Putin está a perder no campo de batalha e, como vimos hoje no G20, também diplomaticamente", escreveu Cleverly numa publicação na rede social Twitter.

Recorde-se que, esta terça-feira, a Ucrânia foi fortemente atacada por vários mísseis russos, que atingiram essencialmente a infraestrutura crítica de todo o país.

Segundo a Ukrenergo, a operadora da rede de distribuição de eletricidade da Ucrânia, as áreas mais afetadas pelos ataques russos de hoje são no norte e no centro do país, "onde as paralisações de emergência foram totalmente implementadas", informou a agência noticiosa ucraniana Ukrinform.

O alarme antiaéreo foi ativado em todo o país e a situação nas instalações de energia é "crítica", informou o porta-voz da Força Aérea Ucraniana, Yurii Ignat, citado pela agência noticiosa estatal.

A presidência ucraniana, através do vice-chefe de Estado, Kyrylo Tymoshenko, também considerou "crítica" a situação em que as infraestruturas energéticas de grande parte do país se encontram, depois dos sucessivos ataques russos.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kyiv e a imposição a Moscovo de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Ucrânia. Mais de sete milhões de lares sem luz após ataques russos

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