"Isso é uma tragédia terrível", acrescentou o norte-americano, num evento na Universidade de Nairobi, onde falou para estudantes de todo o continente africano.
Apesar de todos os desafios que o continente enfrenta, o cofundador da Microsoft afirmou: "Somos capazes, como humanos, de encontrar soluções para eles".
Gates salientou, entre outros desafios, os efeitos da pandemia de covid-19, da guerra na Ucrânia e o impacto da crise climática em África.
"Todos vocês têm a oportunidade de fazer grandes mudanças", disse, dirigindo-se à camada jovem estudantil.
Bill Gates sublinhou ainda a necessidade de uma "segunda revolução verde" para melhorar a produtividade dos pequenos agricultores, "particularmente em África".
Para promover tais mudanças agrícolas e reduzir as doenças, a desigualdade de género e a pobreza em África, Gates anunciou que a Fundação Bill & Melinda Gates irá gastar 7 mil milhões de dólares (6,77 mil milhões de euros) em todo o continente durante os próximos quatro anos.
Esta é a primeira viagem do multimilionário a África desde que a pandemia começou.
Gates encontrou-se na quarta-feira com o Presidente queniano, William Ruto, e disse-lhe que a fundação irá abrir um escritório regional em Nairobi.
"Agradecemos o apoio da sua fundação a iniciativas críticas nos setores da saúde, agricultura e tecnologias de informação e comunicação (TIC) no Quénia. Aguardamos, com expectativa, uma maior colaboração em matéria de segurança alimentar e cobertura universal da saúde", afirmou Ruto.
Gates chegou ao Quénia numa altura em que cerca de 4,35 milhões de pessoas necessitam de "assistência humanitária" devido ao agravamento da seca em algumas partes do país, disse a Autoridade Nacional de Gestão da Seca do país em 14 de abril.
O Quénia está entre os países do Corno de África afetados pela grave seca que atualmente atinge a região, onde milhões de pessoas enfrentam a insegurança alimentar e a desnutrição.
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