A basquetebolista americana Brittney Griner foi transferida para uma colónia penal em Yavas, na região de Mordóvia, no oeste da Rússia, avançaram os seus advogados esta quinta-feira, encerrando dias de especulação sobre o seu paradeiro.
Maria Blagovolina e Alexander Boykov, os advogados, agradeceram o apoio dado à atleta.
“Primeiro, em nome de Brittney, gostaríamos de agradecer a todos os que expressaram carinho por ela”, pode ler-se num comunicado citado pela CNN Internacional. “Podemos confirmar que Brittney começou a cumprir sua sentença no IK-2 em Mordóvia".
“Visitámo-la no início desta semana. Ela está tão bem quanto se poderia esperar e tenta manter-se forte enquanto se adapta a um novo ambiente. Considerando que este é um período muito desafiador para ela, não haverá mais comentários nossos.”
Na quarta-feira, o Departamento de Estado dos EUA disse que estava em contacto com a equipa jurídica de Griner e estava ciente dos relatórios de que ela tinha sido enviada para uma colónia penal a cerca de sete horas de carro a sudeste de Moscovo.
As prisões russas são conhecidas pelas suas duras condições, em especial para os prisioneiros políticos, que são frequentemente sujeitos a confinamentos na solitária ou internamentos em unidades psiquiátricas como forma de punição, segundo o Departamento de Estado norte-americano.
A colónia onde se encontra a aleta faz parte de uma rede de colónias penais no noroeste da região da Mordóvia, construídas nos anos 1930, que fazem parte do sistema Gulag da União Soviética Estalinista. Segundo o The Guardian, as condições são particularmente duras.
A atleta, que representa alternadamente a equipa norte-americana Phoenix Mercury e a russa Ecaterimburgo, conforme o calendário dos campeonatos, foi detida a 17 de fevereiro, num aeroporto em Moscovo, após terem sido detetados óleos canabinoides, vaporizadores e outros produtos na sua bagagem, segundo as autoridades locais.
Griner, de 32 anos, considerou-se culpada mas disse que não tinha qualquer intenção criminosa ao fazer entrar o óleo de canábis na Rússia durante a temporada em que devia jogar na liga de basquetebol do país.
Leia Também: Polónia considera Lavrov 'persona non grata'. Rússia fala em "provocação"