O ciclo eleitoral cubano iniciou-se no passado domingo com a primeira volta das municipais e será concluído com a eleição presidencial no segundo semestre de 2023.
As eleições municipais destinam-se a eleger 12.427 delegados municipais do Poder popular entre cerca de 27.000 candidatos designados pelos eleitores durante uma votação que decorreu nas assembleias de bairro. A segunda volta decorre no próximo domingo nas 925 circunscrições onde nenhum dos candidatos garantiu mais de 50 por cento dos votos.
Os conselheiros eleitos vão formar as equipas municipais e propor, entre si, os candidatos às assembleias provinciais e ao parlamento, que elege o Conselho de Estado e o Presidente do país. Os restantes 50% serão propostos pelas organizações sociais próximas do Governo.
Em teoria, o sistema eleitoral permite a todos os cidadãos cubanos o acesso ao parlamento. No entanto, a oposição denuncia o processo ao considerar que o Partido Comunista Cubano (PCC, partido único), garante que nenhum opositor seja eleito devido à sua influência e o voto dos militantes.
A atual legislatura elegeu o atual Presidente da República, Miguel Díaz-Canel, que poderá ser reeleito para uma mandato de mais cinco anos, como prevê a Constituição.
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