Putin na Crimeia? "As suas ambições agressivas diminuíram"
Kuleba atirou ainda que "a Ucrânia vai certificar-se de que vão diminuir mais, até caberem nas fronteiras da Rússia".
© Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, considerou, esta segunda-feira, que as "ambições agressivas" do presidente russo, Vladimir Putin, diminuíram, uma vez que, volvidos nove meses de conflito, o chefe de Estado se mostra "feliz por conduzir" na ponte de Kerch, que faz a ligação entre a península da Crimeia e o sul da Rússia.
"Há nove meses, Putin queria destruir a Ucrânia numa questão de dias. Hoje, está feliz por conduzir um carro numa ponte que construiu ilegalmente há muito tempo. As suas ambições agressivas diminuíram”, começou por salientar o responsável, na rede social Twitter.
Contudo, Kuleba foi mais longe, apontando que “a Ucrânia vai certificar-se de que vão diminuir mais, até caberem nas fronteiras da Rússia".
Nine months ago Putin craved to destroy Ukraine in the matter of days. Today, he is happy to drive a car across a bridge he illegally constructed long ago. His aggressive ambitions have shrunk. Ukraine will make sure they will further shrink until they fit into Russia’s borders.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) December 5, 2022
De notar que o líder russo percorreu a ponte, esta segunda-feira, tendo conversado com trabalhadores que se encontravam a reparar as instalações.
Em outubro, a Ponte da Crimeia sofreu danos num ataque com explosivos imputado por Moscovo às forças ucranianas. Como medida de retaliação, várias cidades ucranianas, entre as quais Kyiv, foram alvo de fortes ataques, que visaram em particular as infraestruturas energéticas, o que provocou cortes no abastecimento de eletricidade.
No início de novembro, as autoridades russas definiram 20 de dezembro como o dia em que a ponte será totalmente reaberta ao tráfego.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, segundo dados os mais recentes da Organização as Nações Unidas (ONU).
O conflito já vitimou 6.655 civis, tendo ferido outros 10.368.
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