Cuba. Biden pede liberdade para "presos políticos" nos protestos de 2021
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou hoje o seu pedido de libertação dos "presos políticos" que foram detidos durante os protestos de 2021 em Cuba.
© Getty Images
Mundo Cuba
Biden fez esse pedido num comunicado por ocasião do Dia dos Direitos Humanos.
"À luz da opressão, esses manifestantes exerceram de forma corajosa as suas liberdades fundamentais, incluindo o direito à liberdade de expressão e reunião pacífica", indicou o chefe de Estado norte-americano.
O líder democrata afirmou que a sua Administração permanece juta ao povo cubano "enquanto defende os seus direitos humanos e opina sobre o futuro de Cuba".
Biden anunciou que os Estados Unidos vão continuar a defender a libertação de todos os detidos "nesta repressão brutal" e a responsabilizar os "funcionários cubanos responsáveis pela violência contra os protestos pacíficos".
Os julgamentos contra os manifestantes de 11 de julho de 2021 estão a ocorrer em Cuba desde o final do ano passado.
Familiares dos condenados e organizações não governamentais (ONG) têm criticado esses processos, alegando falta de garantias, fabricação de provas e penas altas de caráter exemplar.
A imprensa estrangeira não tem acesso aos julgamentos.
Por seu lado, o Supremo Tribunal de Cuba assegura que devido ao processo legal foi observado em todos os casos abertos como resultado do 11 de julho (11J).
De acordo com a ONG Cubalex e Justicia 11J, após os protestos do último aos, cerca de 600 sentenças foram proferidas, algumas de até 30 anos de prisão.
Desde julho deste ano houve protestos em todo o país, principalmente entre setembro e outubro devido aos prolongados e frequentes apagões e à gestão dos efeitos do furacão Ian no sistema elétrico nacional.
O Observatório de Conflitos de Cuba (OCC), com sede em Miami (Estados Unidos), registou 589 protestos em outubro, cinco a mais do que os contabilizados em julho de 2021.
A Procuradoria-Geral de Cuba alertou que está a investigar os recentes protestos e que os atos criminosos "vão receber a resposta penal correspondente".
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