EUA enviam representante à China para "descongelar" relações bilaterais

Os EUA vão enviar a primeira delegação de alto nível à China desde as promessas, feitas em novembro, pelo líder chinês Xi Jinping e pelo seu homólogo norte-americano Joe Biden, de "descongelarem" as relações bilaterais.

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Lusa
11/12/2022 06:26 ‧ 11/12/2022 por Lusa

Mundo

EUA

O secretário de Estado adjunto para o Pacífico e Ásia Oriental norte-americano, Daniel Kritenbrink, acompanhará a diretora sénior do Conselho de Segurança Nacional para a China e Taiwan, Laura Rosenberger, de 11 a 14 de dezembro, anunciou no sábado o Departamento de Defesa.

A delegação irá ainda visitar a Coreia do Sul e Japão.

Na China, Kritenbrink irá preparar a deslocação do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, prevista para o início de 2023, naquela que será a primeira viagem do chefe da diplomacia norte-americana à China em quatro anos.

A visita da delegação acontece menos de um mês depois de uma reunião entre Biden e Xi na cimeira do bloco G20 na Indonésia, num encontro que serviu para tentar reduzir as tensões entre as duas principais potências económicas.

Na ilha de Bali, Biden exortou Xi a procurar formas de "gerir as diferenças" para evitar que a competição entre os dois países degenere num conflito, e manifestou disponibilidade para colaborar em "assuntos globais urgentes", incluindo alterações climáticas e insegurança alimentar.

Por sua vez, Xi manifestou a intenção de manter um "diálogo franco e profundo" com Biden sobre os temas de importância estratégica nas relações bilaterais, a nível regional e global.

Nessa reunião, Xi avisou o homólogo norte-americano para não "cruzar a linha vermelha" em Taiwan.

"A questão de Taiwan está no centro dos interesses centrais da China, a base da fundação política das relações sino-americanas, e é a primeira linha vermelha a não ser atravessada nas relações sino-americanas", disse Xi a Biden, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Esse foi o primeiro encontro presencial entre Biden e Xi desde a chegada do norte-americano à Casa Branca, em janeiro de 2021.

Leia Também: UE acusa China de não garantir os direitos civis e políticos

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