Washington acusa venda de material eletrónico sensível à Rússia
Os Estados Unidos acusaram cinco cidadãos russos, incluindo um alegado agente dos serviços de segurança, e dois norte-americanos, de fornecerem ilegalmente à Rússia componentes eletrónicos sensíveis e munições, divulgou esta terça-feira o Departamento de Justiça.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
Três destes suspeitos estão detidos, incluindo um que aguarda extradição desde a Estónia, enquanto quatro estão em liberdade, referiu o governo norte-americano em comunicado.
"O Departamento de Justiça e os seus parceiros internacionais não tolerarão tentativas criminosas de apoiar o esforço de guerra russo na Ucrânia", sublinhou o procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, citado na nota.
De acordo com a acusação, os sete arguidos trabalharam durante pelo menos cinco anos para duas empresas russas "dirigidas pelos serviços de informações" daquele país.
Entre os cinco cidadãos russos acusados, está Vadim Konoshchenok, um alegado oficial dos serviços de segurança da Rússia (FSB, em inglês).
Estes compraram componentes com provável uso militar e, portanto, sujeitos a regulamentações estritas, e exportaram-nos ilegalmente para a Rússia, utilizando empresas de fachada e uma infinidade de contas bancárias.
A mercadoria, cujo valor é estimado em vários milhões de dólares, transitou pela Estónia, Finlândia, Alemanha e Hong Kong, segundo o governo norte-americano.
Em março, as duas empresas foram alvo de sanções pelos Estados Unidos, impostas em resposta à invasão russa da Ucrânia.
Segundo os procuradores, as sanções não impediram os suspeitos de continuarem o tráfico.
Em outubro, o alegado agente do serviço de segurança russo tentou cruzar a fronteira entre a Estónia e a Rússia com 35 tipos de semicondutores e milhares de cartuchos para armas de assalto.
Já em novembro, o mesmo suspeito foi novamente impedido de entrar na Rússia com munição tática, tendo sido finalmente detido em 06 de dezembro pelas autoridades da Estónia a pedido dos Estados Unidos.
Os sete suspeitos estão acusados de fraude, associação criminosa, contrabando, lavagem de dinheiro e violação de sanções internacionais, podendo ser condenados até 30 anos de prisão.
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