"Quando a África triunfa, os Estados Unidos triunfam. O mundo inteiro triunfa", afirmou o Presidente norte-americano num discurso onde delineou uma série de investimentos dos Estados Unidos no continente africano.
A administração Biden pretende alocar 55 mil milhões de dólares (51,4 mil milhões de euros) em África dentro de três anos em áreas tão diversas como o digital, infraestruturas, saúde ou a luta contra as alterações climáticas.
"Não podemos resolver os desafios diante de nós sem a liderança de África. Não estou a tentar ser gentil. Isso é um facto", frisou Biden.
"Esta parceria não pretende criar obrigações políticas, criar dependência, mas sim estimular sucessos partilhados e criar oportunidades", afirmou ainda num breve discurso de cerca de quinze minutos.
Biden anunciou ainda mais 15 mil milhões de dólares (14 mil milhões de euros) em compromissos e parcerias privadas de comércio e investimento.
"Há muito mais que podemos fazer juntos e que faremos juntos", disse.
Os Estados Unidos ficaram bem atrás da China em investimentos na África subsaariana, que se tornou um campo de batalha importante numa competição cada vez mais tensa entre as grandes potências.
A Casa Branca insiste que a Cimeira desta semana é mais uma sessão para ouvir os líderes africanos do que um esforço para combater a influência de Pequim, mas o princípio central da política externa do Presidente paira sobre o evento: os Estados Unidos estão numa batalha para provar que as democracias podem superar as autocracias.
Essa mensagem ficou clara nos eventos de hoje. No seu discurso, Biden falou sobre como os EUA ajudariam na modernização da tecnologia em todo o continente, fornecendo energia limpa, promovendo a igualdade das mulheres através de oportunidades de negócios, levando água potável às comunidades e financiando cuidados de saúde.
O gabinete da primeira-dama, Jill Biden, também destinou 300 milhões de dólares (280,5 milhões de euros) para a prevenção, triagem, tratamento e investigação do cancro em África.
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