Kurti insistiu que a iniciativa constitui um feito "histórico" para a antiga província sérvia e disse que espera receber "quanto antes" o questionário que Pristina deverá preencher para o prosseguimento deste complexo processo, indicou a agência noticiosa Kosova Press, ao relatar a visita.
O responsável do Governo checo para a UE, Mikulas Bek, considerou, por sua vez, que a integração europeia constitui "uma garantia de paz e prosperidade" para toda a região dos Balcãs.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros checo também sublinhou, na rede social Twitter, que este pedido confirma que os cidadãos do Kosovo "veem o seu futuro na UE".
O tratado da UE estipula que a presidência rotativa em curso deve informar os restantes Estados-membros e o Parlamento Europeu. De seguida, caberá aos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 Estados-membros avaliar o dossiê e decidir se solicitam a aprovação de Bruxelas.
Atualmente, cinco Estados-membros da UE (Espanha, Roménia, Grécia, Eslováquia e Chipre) não reconhecem a independência da antiga província da Sérvia, não sendo ainda claro como será processado o pedido de Pristina.
Geralmente, este processo prolonga-se por meses no Conselho Europeu, e neste caso poderá revelar-se mais complexo devido ao ainda indefinido estatuto internacional do Kosovo.
A ex-província sérvia, com cerca de 1,9 milhões de habitantes e maioria de população albanesa, proclamou unilateralmente a independência em 2008, apoiada pelos Estados Unidos e a maioria dos países da UE.
Para além da Sérvia, a China, Rússia, Índia, Brasil, África do Sul, Indonésia, entre outros países, não reconhecem a independência da ex-província sérvia.
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