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Rússia envia polícia de choque para Mariupol para impedir novos protestos

As autoridades russas enviaram hoje um grupo de polícia de choque de São Petersburgo para a cidade ucraniana de Mariupol, na região anexada de Donetsk, com o objetivo de bloquear uma nova onda de protestos contra o governo pró-Rússia.

Rússia envia polícia de choque para Mariupol para impedir novos protestos
Notícias ao Minuto

07:11 - 17/12/22 por Lusa

Mundo Mariupol

De acordo com uma mensagem publicada no serviço de mensagens Telegram do assessor do presidente da câmara de Mariupol, Petro Andryushchenko, as forças policiais já estão a patrulhar as ruas da cidade perante um caso de "protestos massivos".

Mariupol foi desde a primeira hora da guerra palco de intensos confrontos entre a Rússia e a Ucrânia.

A cidade acabou por cair aos pés de Moscovo, que agora está a tentar fazer da Mariupol uma espécie de centro logístico militar, segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Tribunais pró-russos de Donetsk vão julgar 70 soldados do regimento Azov

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