O novo ataque ocorreu esta segunda-feira à noite, quando "um grupo de terroristas em motociclos" atacou com armas de fogo a vila de Al Bobali, nos arredores da cidade de Al Khalis, na província de Diyala, cerca de 70 quilómetros a nordeste da capital, adiantaram fontes militares iraquianas.
"Dezenas de habitantes da aldeia, na sua maioria camponeses, e alguns deles desarmados, entraram em confronto com os terroristas (...) o ataque durou meia hora e deixou oito civis mortos e três feridos, um deles gravemente", explicaram estas fontes, citadas pela agência oficial de notícias iraquiana INA.
Já o coronel Raad al Saadi, da polícia de Diyala, referiu à agência Efe que "os agressores dispararam primeiro contra um carro civil nos arredores de Al Bobali e, quando os populares se reuniram em torno do veículo, dispararam contra estes com metralhadoras e uma 'sniper'.
Al Saadi confirmou que oito populares morreram, mas garantiu que os feridos são quatro e que estes foram transferidos para o Hospital Público de Al Jalis.
Este é o segundo ataque em 24 horas atribuído ao EI no norte do Iraque, depois daquele ocorrido no domingo que causou a morte de oito soldados iraquianos e feriu outros quatro, depois de um artefacto ter explodido quando a sua patrulha passava pela cidade de Riad, a 35 quilómetros a sudoeste da cidade de Kirkuk.
Depois deste ataque, que o EI reivindicou através de uma mensagem na rede social Telegram, o governo iraquiano ativou o "alerta máximo" e enviou reforços militares para o local da explosão.
O EI conquistou grandes áreas do Iraque em 2014, especialmente em áreas sunitas no norte e centro do país, mas gradualmente perdeu o controlo desses territórios devido ao avanço das forças iraquianas, até que, no final de 2017, Bagdade declarou vitória territorial sobre os 'jihadistas'.
No entanto, alguns remanescentes do grupo terrorista ainda atuam no país árabe, assim como na vizinha Síria, e regularmente realizam ataques em diferentes pontos, principalmente contra as forças de segurança iraquianas.
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