Washington restringe as exportações que podem favorecer o Irão, mas um documento publicado em novembro pela organização Conflict Armament Research revelou que 82% dos componentes dos 'drones' iranianos procedem de empresas norte-americanas.
O grupo de investigação cuja criação foi noticiada pela cadeia de televisão norte-americana CNN é constituído por funcionários dos departamentos de Estado da Defesa, Comércio, Justiça e Tesouro.
O Conselho de Segurança Nacional, da Casa Branca, vai supervisionar a investigação às alegadas irregularidades, assim como vai ser solicitada informação a países aliados dos Estados Unidos.
Aparentemente, as empresas implicadas desconheciam a utilização final do material tecnológico, pelo que as autoridades norte-americanas confiam que venham a melhorar os aspetos relacionados com as cadeias de comércio e de abastecimento.
Trata-se de material civil, mas que pode ser usado com fins militares, pelo que o grupo de investigação tem como missão alertar diretamente as empresas cujos componentes são usados nos 'drones', como a Texas Instruments.
A companhia norte-americana já disse em comunicado que "não vende qualquer produto à Rússia, Bielorrússia ou Irão" e que "cumpre as leis e os regulamentos em vigor nos países onde opera".
De acordo com Kyiv, as Forças Armadas da Rússia têm lançado centenas de 'drones' para atacar objetivos estratégicos na Ucrânia, principalmente contra instalações que produzem ou armazenam energia.
Apesar das provas que a Ucrânia diz ter recolhido no terreno, o Irão nunca confirmou a colaboração com a Rússia e nega implicações na guerra iniciada pela Rússia no passado dia 24 de fevereiro.
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