Zimbabué. Tribunal nega pedido para libertar deputado da oposição

Um deputado da oposição preso no Zimbabué, que passou 190 dias atrás das grades sem julgamento, viu a sua libertação novamente negada por um tribunal que adiou a possibilidade de libertação hoje sob fiança.

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Lusa
21/12/2022 16:50 ‧ 21/12/2022 por Lusa

Mundo

Justiça

Job Sikhala, 50 anos, membro ativo da oposição, está preso numa prisão de alta segurança em Harare, desde 14 junho sob a acusação de incitação à violência pública. 

Juntamente com o colega político da oposição Godfrey Sithole, Sikhala foi detido por um discurso que proferiu no funeral de outro militante da oposição, cujo corpo mutilado foi encontrado num poço alguns dias antes.

Outros 14 membros do principal partido da oposição, a Coligação dos Cidadãos para a Mudança (CCC) foram presos após confrontos com membros do partido no poder na cerimónia fúnebre. À exceção de Sikhala, todos os políticos já foram entretanto libertados.

O deputado, que soma uma carreira política de mais de duas décadas, foi detido 67 vezes, segundo o seu advogado, mas nunca condenado. Desde a sua prisão, o deputado pediu fiança 10 vezes, mas não obteve sucesso.

"Preciso de mais tempo para estudar as decisões dos tribunais anteriores", disse o juiz responsável pelo caso, Samuel Deme.

O seu último pedido foi rejeitado em novembro por um magistrado que descreveu Sikhala como um "criminoso incorrigível não arrependido".

Vários grupos de direitos humanos e partidos da oposição apontam para uma crescente repressão governamental contra a oposição.

O Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangangwa, que sucedeu a Robert Mugabe no poder durante 37 anos em 2017, tinha prometido virar a página do autoritarismo. Mas é regularmente acusado de amordaçar quaisquer vozes dissidentes antes das eleições gerais previstas para 2023.

Leia Também: EUA sancionam filho de Presidente do Zimbabué por corrupção

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