"Apoiamos a Ucrânia na procura de uma paz justa", destacou Biden no início da sua reunião com Zelensky, na Sala Oval da Casa Branca.
Em breves declarações aos jornalistas, o chefe de Estado norte-americano destacou ser "uma honra" estar ao lado de Zelensky por este "ser um grande líder".
Biden prometeu ainda que manterá a ajuda financeira, militar e humanitária à Ucrânia, em particular no apoio à defesa aérea, referindo-se à entrega de mísseis Patriot por parte dos norte-americanos, pela primeira vez desde o início do conflito, anunciada pouco antes do líder ucraniano aterrar em Washington.
O líder do governo norte-americano alertou ainda que a Rússia está a "tentar usar o inverno como uma arma" na guerra.
Zelensky agradeceu a Joe Biden, aos congressistas norte-americanos e às "pessoas comuns" dos EUA pelo seu apoio durante os mais de 300 dias de invasão russa.
O governante ucraniano explicou que pretendia ter visitado os Estados Unidos mais cedo, mas que tal não foi possível pela "situação difícil" vivida no seu país, lembrando que a "guerra não acabou" e que o seu país enfrenta muitos desafios na batalha contra as forças russas.
Zelensky ofereceu ainda ao homólogo norte-americano uma medalha de mérito militar que, na terça-feira durante a sua visita à cidade de Bakhmut, na linha da frente em Donetsk (leste), um capitão do Exército ucraniano que está a operar o sistema de 'rockets' Himars oferecido pelos norte-americanos, pediu que entregasse a Biden.
A este oficial, que o Presidente ucraniano descreveu como "verdadeiro herói, Biden prometeu oferecer uma medalha dos EUA, considerando uma "grande honra" a oferta chegada da linha da frente do conflito.
À entrada da Casa Branca, Zelensky foi recebido, com guarda de honra, pelo próprio chefe de Estado norte-americano e pela primeira-dama Jill Biden, tendo tirado uma fotografia protocolar com o casal presidencial.
O avião que transportou o Presidente ucraniano para os Estados Unidos, na primeira saída do país desde o início do conflito com a Rússia, aterrou hoje numa base aérea perto de Washington, capital norte-americana, onde irá mais tarde proferir um discurso no Congresso.
Zelensky vai tentar nos Estados Unidos obter mais apoio para a Ucrânia e "enviar uma mensagem desafiante aos invasores russos", afirmou um alto funcionário da Administração Biden.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Leia Também: Ucrânia. Zelensky já está reunido com Biden na Casa Branca