Naquela que foi a primeira visita do presidente da Ucrânia para fora do país desde o início da guerra, Volodymyr Zelensky deslocou-se até aos Estados Unidos, esta terça-feira, onde teve um dia repleto de momentos marcantes: nomeadamente um encontro com Joe Biden, o seu homólogo norte-americano, na Casa Branca, e um discurso no Congresso - onde foi aplaudido de pé durante vários minutos.
Um dos momentos que ficará na história desde dia 21 de dezembro é a entrega, por parte de Zelensky, de uma medalha de mérito. Esta, pertencente a um capitão do exército ucraniano, foi dada a Joe Biden a pedido do militar, por este o considerar como um "bravo presidente" que salvou a vida a muitos dos seus "irmãos".
A medalha em causa tinha sido entregue a Zelensky na terça-feira, durante a sua visita à cidade de Bakhmut, na linha da frente em Donetsk, no leste da Ucrânia. Aqui, o capitão - que está a operar o sistema de 'rockets' Himars oferecido pelos norte-americanos -, pediu que esta fosse dada, no dia seguinte, a Biden.
A este oficial, que o presidente ucraniano descreveu como "verdadeiro herói, Biden prometeu oferecer uma medalha dos EUA, considerando uma "grande honra" a oferta chegada da linha da frente do conflito. E, ao aceitá-la, o presidente dos Estados Unidos revelou que a 'prenda' não era "merecida", mas "muito apreciada".
De recordar que a medalha tem ainda um maior significado para Joe Biden, uma vez que um dos seus filhos, Bo Biden, defendeu os Estados Unidos no território do Iraque. Bo, que morreu de cancro em 2015, com apenas 46 anos, recebeu uma condecoração pelo seu serviço.
Postumamente, foi ainda agraciado com a Delaware Conspicuous Service Cross, pelo seu "heroísmo" e "meritório serviço".
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