UE disponível para apoiar aplicação de acordo de paz na Etiópia

A União Europeia (UE) felicitou hoje o Governo etíope e os rebeldes da província do Tigray, no norte do país, pelo acordo de paz recentemente alcançado e manifestou-se pronta para ajudar na sua aplicação.

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Lusa
22/12/2022 20:02 ‧ 22/12/2022 por Lusa

Mundo

Etiópia

Uma declaração assinada pelo Alto Representante para a Política Externa da UE, Josep Borrell, felicita o papel de mediação do Painel de Alto Nível da União Africana (UA), "que conduziu ao acordo, que representa um passo importante para a paz e a reconciliação na Etiópia".

Borrell salientou que a aplicação do acordo de paz "requer uma liderança forte e um mecanismo de monitoramento robusto e sustentável" para garantir, entre outras coisas, que todas as partes respeitem a cessação das hostilidades, abrindo caminho para a recuperação, reconstrução e reconciliação".

O chefe da diplomacia da UE acrescentou ser importante uma resposta adequada e bem coordenada às grandes necessidades humanitárias no norte da Etiópia, bem como noutras zonas do país.

"As necessidades urgentes das populações afetadas pelo conflito devem ser atendidas. Para isso, é essencial o acesso humanitário desimpedido a todos os necessitados e a plena restauração dos serviços básicos em todas as áreas", afirmou.

Progressos concretos na aplicação do cessar-fogo, acesso humanitário desimpedido e responsabilidade pelo Direito Humanitário Internacional e violações e abusos dos direitos humanos "permitirão a restauração gradual de todo o espetro de cooperação para o desenvolvimento e apoio financeiro da UE", disse ainda Borrell.

"A UE apela veementemente aos vizinhos regionais da Etiópia para que contribuam de forma construtiva" para a aplicação do acordo, defendeu.

Borrell também reiterou o apelo europeu "para a retirada imediata e completa das tropas eritreias da Etiópia".

As conversações de paz na Etiópia - que reuniram representantes dos dois lados desta guerra e diplomatas da UA, da União Europeia e dos Estados Unidos da América - resultaram em novembro passado num ambiente mais seguro no Tigray para as organizações humanitárias.

Pela primeira vez desde o início da guerra, há dois anos, trabalhadores de organizações não-governamentais tiveram acesso desimpedido a algumas áreas do Tigray que permaneciam fechadas ao contacto exterior.

Leia Também: Etiópia e forças do Tigray acordam na retirada de tropas da Eritreia

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