Youcef Belmehdi classificou de "rumores" a informação sobre o fecho de templos e disse que "estes locais não são igrejas, mas sim instalações que não cumpriram as regras e as leis sobre construção e planeamento urbano e que não têm autorização para realizar esta atividade religiosa".
Belmehdi argumentou que a lei argelina protege os sítios religiosos da "influência política ou ideológica", bem como a integridade dos seus seguidores.
E declarou também que o seu departamento está "aberto" ao diálogo, a fim de "combater" o discurso do ódio e o radicalismo, garantindo ao mesmo tempo as liberdades e a proteção de todos os credos.
"Os valores nobres da sociedade argelina são um caminho autêntico, profundamente enraizado e um exemplo a seguir na cultura da coexistência", concluiu o político durante uma conferência organizada pela comissão nacional para as religiões não muçulmanas.
Por seu lado, o arcebispo de Argel, D. Jean-Paul Vesco, insistiu: "A Igreja Católica na Argélia escolheu, desde a independência do país, ser uma igreja cidadã numa sociedade pluralista, porque a base da nossa ação é a capacidade de fazer o bem com base na nossa fé e não para evangelizar".
No final de setembro, a Igreja Católica na Argélia anunciou a decisão do Governo de encerrar "definitivamente" a organização Cáritas e a cessação de todas as suas atividades e trabalho de ajuda realizado por este serviço humanitário da Associação Diocesana Argelina (ADA).
Em junho passado, a Amnistia Internacional (AI) deu conta da detenção de cerca de 20 membros da minoria muçulmana Ahmadiyya, uma comunidade messiânica fundada no Paquistão do século XIX, por "denegrir" o Islão e "participar num grupo não autorizado".
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