Às 8h00 de 26 de dezembro de 2004, um sismo de magnitude 9,1, ocorrido ao largo da costa da ilha indonésia de Samatra, desencadeou um tsunami que matou 230 mil pessoas, a maioria das quais na província indonésia de Aceh.
As autoridades de Aceh, a polícia indonésia e associações de pescadores locais, entre outros grupos, pediram orações em memória das cerca de 170 mil pessoas mortas pelas ondas gigantes, algumas com 30 metros de altura, em Samatra.
Os pescadores de Aceh, onde este dia foi declarado feriado em 2019, deixaram, mais uma vez este ano, os barcos ancorados em sinal de respeito.
"Realizámos orações para lembrar as vítimas", disse Badruddin Yunus, chefe da associação local de pescadores Panglima Laot, à agência de notícias EFE.
Banda Aceh, capital da província de Aceh e zona de impacto do tsunami, foi destruída e apenas um punhado de edifícios ficou de pé, incluindo a mesquita Baiturrahman, que se tornou um local de peregrinação e oração para familiares de vítimas e sobreviventes.
O impacto da catástrofe naquela parte da Indonésia levou à assinatura de um acordo de paz entre os guerrilheiros muçulmanos pró-independência e o governo, depois de décadas de luta armada.
O tsunami atravessou o oceano Índico e causou mortes em 14 nações, algumas tão distantes do arquipélago indonésio como Somália, Quénia, Tanzânia e África do Sul.
As nações mais afetadas foram Indonésia, com 170 mil mortos e desaparecidos, a grande maioria no norte da ilha de Samatra, Sri Lanka, com 30 mil, Índia, com 16 mil, e Tailândia, com 8.200.
Também na praia tailandesa de Khao Lak, no oeste do país, perto da popular ilha de Phuket, cerca de 300 pessoas assistiram, esta manhã (hora local), a uma cerimónia inter-religiosa no memorial de Ban Nam Khem.
Alguns dos participantes, incluindo familiares de vítimas, fizeram oferendas florais, enquanto monges budistas e representantes católicos e muçulmanos entoaram cânticos e orações.
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