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Novo Governo de Israel anuncia que vai expandir colonatos na Cisjordânia

O novo Governo israelita, que será liderado por Benjamim Netanyahu, colocou a expansão dos colonatos na Cisjordânia no topo da sua lista de prioridades, um dia antes de tomar posse.

Novo Governo de Israel anuncia que vai expandir colonatos na Cisjordânia
Notícias ao Minuto

11:39 - 28/12/22 por Lusa

Mundo Benjamim Netanyahu

O partido Likud, de Netanyahu, divulgou hoje as diretrizes políticas do novo Governo, referindo que irá "avançar e desenvolver colonatos em todas as partes de Israel - na Galileia, Negev, Montes Golã e Judeia e Samaria" - os nomes bíblicos para a Cisjordânia.

Netanyahu informou, na terça-feira, o presidente do parlamento (Knesset) que tinha o apoio necessário para formar Governo, o mais ultranacionalista e religioso da história de Israel.

O partido de Netanyahu, o Likud, fará coligação com três partidos de extrema-direita e dois partidos ultraortodoxos.

Após esta informação ao Parlamento, começa oficialmente o processo para a tomada de posse, que foi convocada para a manhã de quinta-feira.

O Likud e o partido Judaísmo Unido da Torá (este último formado por dois partidos políticos ultraortodoxos, o Agudat Israel e o Degel HaTorá) assinaram hoje o acordo de coligação, depois de vários dias de disputas.

Embora ainda não tenham sido oficialmente avançados pormenores, a imprensa israelita referiu que o acordo inclui uma série de mudanças sobre o papel da religião no Estado, incluindo a obrigação de separar homens e mulheres nos eventos públicos.

Da mesma forma, espera-se que todos os deputados do partido ultraortodoxo recebam algum tipo de cargo, incluindo o líder do partido, Yitzhak Goldknopf, que será ministro da Habitação, e Meir Porush, que ficará com a pasta dos Assuntos de Jerusalém.

Na terça-feira, os líderes dos partidos que serão da oposição reuniram-se no Knesset e publicaram um comunicado conjunto, no qual prometem colaborar para enfrentar um Governo que consideram demasiado religioso e extremista.

"Vamos colaborar para combater um governo retrógrado e antidemocrático que está a ser criado e que quer desmantelar Israel por dentro", pode ler-se, no documento assinado por Yair Lapid (Yesh Atid), Benny Gantz (Unidade Nacional), Merav Michaeli (Trabalhista Partido), Avigdor Liberman (Yisrael Beiteinu) e Mansur Abbas (Raam).

"Prometemos que, quando voltarmos ao poder, revogaremos a legislação extremista que prejudica a democracia, a segurança e a economia da sociedade israelita", acrescentaram.

Nas eleições legislativas de 01 de novembro, Netanyahu e os seus aliados conquistaram uma maioria de 64 dos 120 assentos parlamentares no Knesset e o líder do Likud começou por prometer formar uma coligação rapidamente.

O processo acabou, no entanto, por ser mais complicado do que o previsto, em parte, porque os parceiros ultraortodoxos e de extrema-direita do Likud exigiram garantias firmes sobre o futuro projeto de governo.

Leia Também: Netanyahu vai apresentar novo governo na quinta-feira

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