Ucraniano condenado a 11 anos de prisão por divulgar informações à Rússia

Informação terá sido usada pela Rússia para "preparar e realizar ataques de mísseis" sobre Kramatorsk, na região de Donetsk.

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Notícias ao Minuto
28/12/2022 16:19 ‧ 28/12/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

Um homem ucraniano, detido no mês de março, vai passar 11 anos na prisão após ter partilhado com as tropas russas informações militares consideradas vitais, informou o Serviço de Segurança da Ucrânia, reporta a Sky News.

A entidade ucraniana explicou que o homem, que não foi identificado, tinha partilhado a posição das tropas ucranianas em Kramatorsk, no leste da Ucrânia, com as forças russas.

"Após o início da invasão em larga escala, o suspeito recolheu informações sobre a localização e movimentações das unidades das forças de defesa nas áreas da linha da frente da região de Donetsk", explicou o Serviço de Segurança da Ucrânia.

A mesma fonte acrescentou que o "atacante tentou assim identificar posições de combate e fortificações das forças armadas ucranianas na área de Kramatorsk", mais concretamente.

"A fim de obter informações de natureza militar, o homem foi abordado por um colega de classe, que é membro de um dos grupos terroristas [República Popular de Donetsk] e encontra-se no território temporariamente ocupado da Ucrânia Oriental", revelou ainda o Serviço de Segurança da Ucrânia.

Foi nesse momento que o "agente deu informações confidenciais sobre a localização das tropas ucranianas" aos militares invasores, que partilharam as mesmas com os "líderes" e com o "comando dos invasores russos".

A justiça ucraniana considerou ainda que a Rússia tinha a intenção de utilizar esta informação para "preparar e realizar ataques de mísseis" sobre Kramatorsk, na região de Donetsk.

O homem, entretanto descrito como um "residente local que cooperou voluntariamente com o inimigo", foi detido pelas autoridades ucranianas em março.

A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, provocou já 6.884 vítimas mortais entre civis, embora o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACDH) alerte que o número deve ser "consideravelmente superior". Há ainda a considerar 10.947 civis feridos no contexto deste conflito.

Leia Também: Papa condena drama de guerra na Ucrânia e apela à "dádiva da paz"

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