Um homem ucraniano, detido no mês de março, vai passar 11 anos na prisão após ter partilhado com as tropas russas informações militares consideradas vitais, informou o Serviço de Segurança da Ucrânia, reporta a Sky News.
A entidade ucraniana explicou que o homem, que não foi identificado, tinha partilhado a posição das tropas ucranianas em Kramatorsk, no leste da Ucrânia, com as forças russas.
"Após o início da invasão em larga escala, o suspeito recolheu informações sobre a localização e movimentações das unidades das forças de defesa nas áreas da linha da frente da região de Donetsk", explicou o Serviço de Segurança da Ucrânia.
A mesma fonte acrescentou que o "atacante tentou assim identificar posições de combate e fortificações das forças armadas ucranianas na área de Kramatorsk", mais concretamente.
"A fim de obter informações de natureza militar, o homem foi abordado por um colega de classe, que é membro de um dos grupos terroristas [República Popular de Donetsk] e encontra-se no território temporariamente ocupado da Ucrânia Oriental", revelou ainda o Serviço de Segurança da Ucrânia.
Foi nesse momento que o "agente deu informações confidenciais sobre a localização das tropas ucranianas" aos militares invasores, que partilharam as mesmas com os "líderes" e com o "comando dos invasores russos".
A justiça ucraniana considerou ainda que a Rússia tinha a intenção de utilizar esta informação para "preparar e realizar ataques de mísseis" sobre Kramatorsk, na região de Donetsk.
O homem, entretanto descrito como um "residente local que cooperou voluntariamente com o inimigo", foi detido pelas autoridades ucranianas em março.
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, provocou já 6.884 vítimas mortais entre civis, embora o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACDH) alerte que o número deve ser "consideravelmente superior". Há ainda a considerar 10.947 civis feridos no contexto deste conflito.
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