NATO. "É do interesse de todos garantir que Putin não ganhe"
O secretário-geral da NATO instou os países aliados a "fazer mais" pela Ucrânia, considerando que o "apoio militar é o caminho mais rápido" para o fim da guerra.
© Sean Gallup/Getty Images
Mundo Jens Stoltenberg
O secretário-geral da aliança transatlântica NATO, Jens Stoltenberg, defendeu, esta sexta-feira, que o “apoio militar à Ucrânia é o caminho mais rápido para a paz” e frisou que “é do interesse de todos garantir que a Ucrânia prevalece e Putin não ganha” a guerra.
“Apelo aos aliados para que façam mais. É do interesse de todos, em termos de segurança, garantir que a Ucrânia prevalece e [o presidente russo Vladimir] Putin não ganhe”, disse o responsável, em entrevista à agência de notícias alemã DPA, aqui citado pela Reuters.
Stoltenberg reconheceu que “pode parecer paradoxal, mas o apoio militar à Ucrânia é o caminho mais rápido para a paz” e instou os aliados a enviar munições para os sistemas já existentes na Ucrânia.
“Sabemos que a maioria das guerras termina à mesa das negociações - provavelmente esta guerra também - mas sabemos que o que a Ucrânia poderá conseguir nestas negociações depende inextricavelmente da situação militar”, ressalvou.
Já questionado sobre se a Rússia estaria a abrandar o ritmo da guerra para se preparar para uma ofensiva na primavera, Stoltenberg alertou para um possível guerra a longo prazo e garantiu que “não há qualquer indicação de que o presidente Putin tenha alterado o seu objetivo geral para esta guerra - controlar a Ucrânia”.
“Isto ainda não acabou. As guerras são imprevisíveis, mas temos de nos preparar a longo prazo e também para novas ofensivas russas. Não devemos subestimar a Rússia”, reiterou, acrescentando ainda que “o fim da guerra poderá não significa um regresso total à normalidade”.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e mais de dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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