Kevin McCarthy voltou a não conseguir obter os 218 votos necessários - obteve apenas 201 - para se tornar líder da maioria Republicana na Câmara de Representantes, numa quarta votação hoje realizada e após três tentativas falhadas na terça-feira.
Apesar de contar com 222 lugares na câmara baixa do Congresso, obtidos nas eleições intercalares de novembro passado, o Partido Republicano não se consegue entender sobre a escolha para a liderança e continua dividido.
Numa situação inédita nos últimos 100 anos na democracia norte-americana, a candidatura de Kevin McCarthy à liderança da bancada Republicana na câmara baixa do Congresso não parece ter sucesso, com dezenas de congressistas a desviarem o seu voto para candidaturas internas adversárias, de Andy Biggs e de Jim Jordan.
Um setor dos ultraconservadores Republicanos, próximos do ex-Presidente Donald Trump, recusa apoiar a candidatura de McCarthy para a liderança da Câmara de Representantes, alegando que este congressista não representa os valores genuínos do partido.
Esta ala criticou também McCarthy por este não ter negociado com eles uma reforma das regras do debate ou dos nomes para liderar as comissões parlamentares na nova legislatura.
McCarthy, legislador da Califórnia e líder das fileiras republicanas desde 2014, já tinha antecipado que não tinha os 218 votos necessários e que haveria "uma batalha na câmara".
Contudo, depois de esta madrugada Donald Trump ter apelado ao voto em McCarthy, após uma conversa com este congressista, esperava-se que a votação inicial de hoje trouxesse uma clarificação da liderança e uma escolha final do líder da bancada Republicana.
No entanto, o apelo de Trump parece não ter surtido efeito e McCarthy obteve apenas 201 votos, depois de ter conseguido 203 antes do pedido do ex-Presidente.
De acordo como regulamento do Congresso, a câmara continuará a reunir até que um candidato consiga os 218 votos necessários para a sua liderança.
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