O Al-Shebab reivindicou a autoria do duplo atentado suicida em mensagem publicada nos seus canais de propaganda, conforme informou o SITE Intelligence Group, organização especializada no monitoramento de grupos terroristas.
Os autores do duplo atentado terão alegadamente levado os carros armadilhados para Mahas através da área de Wahbo, em Galgadud, controlada pelo Al-Shebab depois de o exército dali se ter retirado em meados de novembro, após a ter retomado.
O alvo da primeira explosão foi uma casa onde estavam os funcionários que dirigem as operações contra o Al-Shebab na região, embora se desconheça se estes se encontravam no interior aquando da explosão.
A segunda explosão ocorreu na residência do governador de Mahas, Mumin Mohamed Halane, que ficou ileso, segundo o portal Jowar. O próprio Halane afirmou em declarações à agência de notícias estatal somali Sonna, que os ataques causaram um grande número de vítimas e danos materiais.
A Somália aumentou as ofensivas contra o Al-Shebab nos últimos meses com o apoio de clãs e milícias locais como parte de uma série de decisões tomadas pelo Presidente somali, Hasan Sheikh Mohamud, que prometeu ao assumir o cargo colocar a luta contra o terrorismo no centro dos seus esforços para estabilizar o país.
O Al-Shebab, ligado à Al-Qaida, tem vindo a lutar contra o Governo federal apoiado internacionalmente desde 2007. Expulso das principais cidades da Somália em 2011-2012, continua firmemente enraizado nas zonas rurais.
Em 29 de outubro, dois carros armadilhados explodiram com diferença de poucos minutos um do outro na capital, Mogadíscio, matando 121 pessoas e ferindo outras 333, no ataque mais mortífero dos últimos cinco anos no país do Corno de África.
Um triplo ataque na cidade central de Beledweyne, capital da província de Hiran, também matou 30 pessoas, incluindo funcionários locais, no início de outubro, e pelo menos 21 hóspedes de um hotel de Mogadíscio foram mortos em agosto.
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