Esta medida entrará em vigor a partir de 10 de janeiro, e segue a recomendação da União Europeia (UE), destacou ministério em comunicado.
"Considero importante que tomemos medidas de viagem como parte da luta contra a covid-19 a nível europeu", salientou o ministro da Saúde neerlandês, Ernst Kuipers, citado na nota de imprensa.
A UE encorajou "fortemente" esta semana os seus Estados-membros a imporem a testagem à covid-19 antes do voo e incentivou os 27 a completarem a triagem com "testes aleatórios" na chegada a solo europeu.
O governo neerlandês também aconselha "fortemente" o uso de máscara nos voos de e para a China a partir de hoje.
"Estamos a explorar as possibilidades de testar a água residual das casas de banho das aeronaves que chegam da China para procurar mutações do vírus", acrescentou o ministério, sobre outra das recomendações da UE.
O Aeroporto Schiphol de Amesterdão é um dos maiores aeroportos europeus e um importante 'hub' onde ocorrem muitas transferências intercontinentais.
A China enfrenta uma onda de casos de covid-19 sem precedentes há três anos.
Por precaução, vários países como Estados Unidos, Japão, França e Alemanha já decretaram medidas idênticas.
Pequim condenou na terça-feira a imposição de testes por certos países, considerando-os "inaceitáveis" e ameaçando com "contramedidas".
A China está a tentar minimizar a possibilidade de um grande novo surto de covid-19 durante o pico de viagens do Novo Ano Lunar, este mês, após o fim da maioria das medidas de contenção da pandemia.
O Ministério dos Transportes apelou hoje aos viajantes para limitarem ao mínimo as viagens e os encontros, em particular se envolverem pessoas idosas, grávidas, crianças pequenas e pessoas com doenças prévias.
Pequim pôs abruptamente fim ao rígido regime de confinamentos, quarentenas e testagem em massa em dezembro, devido a crescentes preocupações com o impacto de tais medidas na economia nacional e à realização de protestos públicos incomuns num país que duramente reprime qualquer sinal de discordância política.
No próximo domingo, Pequim vai também pôr fim às quarentenas obrigatórias para as pessoas procedentes do estrangeiro.
O atual surto pandémico causado por mais uma variante do coronavírus SARS-CoV-2 parece ter alastrado mais rapidamente primeiro nas cidades mais densamente povoadas do país, sobrecarregando o sistema nacional de saúde.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, já se manifestou preocupado com a ausência de fornecimento de dados sobre o novo surto pandémico pelo Governo chinês.
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