Antigo dirigente chinês condenado a pena de morte suspensa por subornos
Li Wenxi, antigo vice-presidente da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês na província de Liaoning foi condenado a dois anos de pena de morte suspensa por aceitar subornos, informou hoje a agência de notícias estatal Xinhua.
© Reuters
Mundo China
Li foi também privado de direitos políticos para toda a vida e todos os bens pessoais foram confiscados, de acordo com a decisão de sexta-feira de um tribunal na província de Shandong.
Este tipo de sentença, com penas de morte suspensas, é relativamente comum na China em casos de corrupção e significa que se o condenado não cometer novos crimes e se comportar adequadamente durante o período em que a suspensão está em vigor pode ter a sua sentença comutada para prisão perpétua.
Entre 2006 e 2021, Li terá aceitado ilegalmente dinheiro e presentes no valor de 540 milhões de yuan (74,45 milhões de euros), quer diretamente, quer através de familiares.
Li, nascido na província de Liaoning em 1950, estudou na Academia Chinesa de Ciências Sociais antes de se juntar ao Partido Comunista da China (CPC) em 1972.
Em janeiro de 2021, a Comissão Nacional de Supervisão da China, o principal organismo estatal anticorrupção da China, juntamente com a Comissão Central de Inspeção e Disciplina, o braço anticorrupção do PCC, começou a investigar o antigo funcionário por "graves violações da disciplina e das leis nacionais".
A investigação durou até julho e concluiu-se que Li Wenxi, expulso do PCC em julho de 2021 e de qualquer cargo público, "violou a disciplina política do partido" e tomou medidas que "constituíram uma grave violação do dever", entre outras acusações.
Outros membros do PCC também foram processados por corrupção nos últimos meses: o antigo vice-ministro da Segurança Pública, Sun Lijun, e os antigos chefes da polícia das cidades de Chongqing e Xangai.
O antigo ministro da Justiça Fu Zhenghua foi também condenado a dois anos de pena de morte suspensa em setembro por aceitar subornos.
Após chegar ao poder em 2012, o atual secretário-geral do PCC e Presidente da China para um terceiro mandato, Xi Jinping, iniciou uma campanha anticorrupção na qual vários altos funcionários chineses foram condenados por aceitarem subornos no valor de milhões.
Embora esta campanha, um dos programas emblemáticos de Xi, tenha revelado casos de corrupção importantes no seio do PCC, alguns críticos sugeriram que também pode ser utilizada para pôr um fim às carreiras políticas de alguns dos rivais.
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