Duas crianças morreram de cólera, no estado mexicano de Oaxaca, com poucos dias de diferença, entre 28 de dezembro e 7 de janeiro, depois de terem sido mordidas por um animal selvagem infetado com o vírus.
As crianças, dois irmãos de 7 e 8 anos, naturais da aldeia de Palo de Lima, terão sido mordidas no dia 1 de dezembro do ano passado por um animal selvagem em "estado grave", segundo contou a autoridade de saúde regional, citada pelo jornal espanhol ABC. No entanto, a cólera deve ser tratada imediatamente e as crianças foram levadas a uma clínica apenas três semanas depois do incidente.
A cólera é uma doença grave e mortal, caso o tratamento não seja realizado de forma rápida e antes de se registarem os primeiros sintomas. O vírus é normalmente transmitido de animais para humanos através de uma mordidela de um animal infetado.
Quando as crianças foram internadas, já com os sintomas, já era demasiado tarde. A primeira criança, um menino de sete anos, morreu no dia 28 de dezembro. A segunda, a irmã de oito anos, foi internada no dia 21 e morreu no passado sábado, dia 7 de janeiro.
Uma outra criança, uma irmã de dois anos, também terá sido mordida pelo animal - que se acredita que tenha sido um morcego -, mas o tratamento foi mais rápido e a menina foi salva.
A morte da primeira criança fez as autoridades de Oaxaca viajarem rapidamente à aldeia de Palo de Lima, para vacinar todos os gatos e cães domésticos contra a cólera.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, entre 21 mil e 143 mil pessoas morrem de cólera todos os anos - a disparidade dos números deve-se ao facto de muitas mortes não serem registadas como tal, ocorrendo em zonas mais remotas e onde os cuidados de saúde não chegam.
Os principais sintomas são diarreia grave e a doença também pode ser transmitida através do consumo de água ou alimentos infetados.
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