O ambiente estava tenso no tribunal dos magistrados na capital Harare, onde a imprensa foi impedida de cobrir o processo pela polícia de choque, segundo a agência France-Presse.
A polícia, armada com espingardas e bastões de assalto, empurrou os jornalistas, mando-os retirar pois, caso contrário, "ficariam feridos".
Um dos advogados dos ativistas, Kudzai Kadzere disse ter sido espancado por agentes da polícia quando foi à esquadra para onde os seus clientes tinham sido levados no sábado e queixa-se de ter ficado com um braço partido.
"Estamos profundamente desapontados pelo facto de a polícia, que tem a obrigação constitucional de proteger os direitos de todos os cidadãos, ser a primeira a os violar", disse a Law Society of Zimbabwe, através de uma declaração.
Os ativistas detidos pertencem ao principal partido da oposição, a Coligação dos Cidadãos para a Mudança (CCC).
No sábado, tinham-se encontrado "em privado" na casa de um elemento do parlamento, num município de Harare. No Zimbabué, as reuniões públicas devem ser autorizadas pela polícia.
Grupos de direitos e partidos da oposição estão a denunciar uma intensificação da repressão governamental antes das eleições gerais deste ano.
"Esta é uma prisão intencional para perseguir os nossos membros", disse a porta-voz do partido, Fadzayi Mahere, denunciando "uma escalada de violência política".
"Queremos eleições, não queremos guerra. Isto não augura nada de bom para uma eleição livre e justa", disse aos meios de comunicação fora do tribunal.
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