Num comunicado, o ministério jordano lamentou que "um polícia da ocupação israelita" tenha impedido o acesso do embaixador à Mesquita de Al Aqsa, situada na Esplanada das Mesquitas.
O ministério jordano adiantou ter entregado uma "carta de protesto com palavras fortes" ao embaixador de Israel em Amã "para que possa transmiti-la imediatamente ao Governo" israelita.
Na carta, Amã lembrou que é a Jordânia quem gere e garante a segurança da Mesquita de Al Aqsa, através do Ministério dos Assuntos Islâmicos e Lugares Sagrados, bem como todos os assuntos relacionados com a Esplanada das Mesquitas.
Também num comunicado, a polícia israelita garantiu que não impediu a entrada do diplomata jordano na Esplanada das Mesquitas, sublinhando que se tratou de um "mero atraso" provocado pelo facto de os agentes policiais não terem reconhecido a delegação jornada em que se incluía o embaixador, e terem pedido uma autorização ao comandante do contingente policial no local.
Para a polícia israelita, foi o embaixador jordano que "decidiu abandonar o local por sua própria iniciativa", pois poderia ter entrado no complexo "se tivesse esperado mais uns minutos".
"Se a delegação tivesse realizado o procedimento padrão de coordenação preliminar com a polícia, teria sido evitado qualquer atraso na entrada do embaixador", acrescentaram as forças policiais israelitas.
A Esplanada das Mesquitas, que abriga a Mesquita de Al Aqsa, fica em Jerusalém Oriental, território que esteve sob controlo jordano até a ocupação israelita em 1967.
Desde então, Amã mantém o complexo sob custódia, enquanto Israel controla o acesso e as visitas ao local em virtude de um pacto ratificado nos acordos de paz entre os dois países, em 1994.
A Esplanada das Mesquitas, a que os judeus chamam Monte do Templo, é o terceiro local mais sagrado do Islão, depois da Grande Mesquita de Meca e da Mesquita do Profeta de Medina, na Arábia Saudita.
No complexo, que ocupa 14 hectares na parte elevada da Cidade Velha de Jerusalém, o menor incidente pode provocar distúrbios.
A esplanada fica na parte leste da cidade, setor palestiniano ocupado e anexado por Israel em 1967, e que os palestinianos desejam transformar na capital do Estado a que aspiram.
Leia Também: MNEs árabes pedem medidas contra Israel ao Conselho de Segurança da ONU