"Com esta aprovação, o salário mínimo da função pública passa de 4.689 meticais (68 euros) para 8.758 meticais, registando uma evolução positiva de 87%", declarou à comunicação social Inocêncio Impissa, vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública, após uma reunião do Conselho de Ministros em Maputo.
Além do salário mínimo, que é correspondente a auxiliares, agentes e operários, na nova tabela salarial da função pública moçambicana um especialista passa dos atuais 24.882 meticais (361 euros) para 60.758 meticais (882 euros), enquanto um técnico superior (N1) passa de 17.539 meticais (254 euros) para 37.758 meticais (548 euros).
Os técnicos superiores (N2) e o técnico profissional passam de 13.565 meticais (196 euros) para 24.358 meticais (353 euros) e 8.531 meticais (123 euros) para 17.758 meticais (257 euros), respetivamente.
O técnico médio passa de 7.443 meticais (108 euros) para 14.758 meticais (214 euros), enquanto o assistente técnico vai ganhar 10.758 meticais (156 euros), contra os 5.531 meticais (80 euros) da tabela anterior.
"Estas remunerações são referentes aos níveis de entrada, o que significa que os funcionários e agentes do Estado com mais tempo de serviço certamente vão notar remunerações um pouco mais elevadas em razão do tempo", explicou o vice-ministro da Administração Estatal e Função Pública.
A implementação da nova TSU, adotada nos últimos meses do ano passado, foi alvo de forte contestação devido a "inconformidades" apresentada por várias classes profissionais em Moçambique, nomeadamente juízes, professores e médicos, e estes chegaram a organizar uma greve para exigir a revisão do processo.
Leia Também: Agressão. Jornalista moçambicano apresenta queixa contra cinco polícias