De acordo com o porta-voz do gabinete presidencial polaco Marcin Przydacz, o objetivo da coligação será transferir tanques para a Ucrânia, participando o Reino Unido e vários países da União Europeia (UE).
A iniciativa deverá concretizar-se na reunião de ministros da Defesa que decorrerá na base aérea de Ramstein, na Alemanha, onde a NATO mantém estacionado um contingente militar.
Na quarta-feira da semana passada, o Presidente polaco, Andrzej Duda, anunciou que a Polónia tinha decidido transferir uma companhia de tanques Leopard 2 para a Ucrânia, "como parte da criação de uma coligação internacional", para ajudar Kyiv a resistir à invasão russa.
O Exército polaco possui 240 tanques Leopard 2 do modelo mais avançado, mas até agora apenas tinha entregado a Kyiv um número não confirmado de tanques T-72, de fabrico soviético.
Em abril de 2022, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, explicou que esses tanques tinham sido enviados para a Ucrânia, mas frisou que informações completas só seriam divulgadas "quando chegar a hora certa".
Esta semana, também a Alemanha anunciou o envio de tanques Leopard 2, lançando o desafio para que outros países imitassem este gesto de providenciar equipamento militar pesado a Kyiv.
Graças a um acordo firmado entre Varsóvia e Berlim, o Exército alemão também começou a colocar três baterias de mísseis Patriot MIM-104 em território polaco.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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