Alemanha exportará tanques para Kyiv se EUA fizerem o mesmo
Uma fonte do governo alemão disse à agência Reuters que Berlim está disposto a enviar tanques para Kyiv, mas só se os EUA fizerem o mesmo. Uma condição fortemente defendida, nos bastidores, pelo chanceler Olaf Scholz.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
Muita tinta tem corrido sobre se a Alemanha irá, ou não, enviar tanques Leopard 2 para a Ucrânia, cedendo ao pedido do seu presidente, Volodymyr Zelensky, que desde o início da invasão russa, a 24 de fevereiro de 2022, tem pedido ao Ocidente ajuda e armamento.
A agência Reuters, citando uma fonte interna do governo alemão, avançou, esta quarta-feira, que Berlim está preparado para enviar os seus tanques para Kyiv, mas só se os Estados Unidos também o fizerem.
Os aliados ocidentais vão reunir-se numa base aérea dos EUA na Alemanha na sexta-feira para oferecer mais armas para a Ucrânia, revela ainda a mesma agência.
Recorde-se que, nesta quarta-feira, desde a reunião do Fórum Mundial Económico, em Davos, o presidente da Polónia, Andrzej Duda, disse ter receio que a Rússia esteja a preparar uma nova ofensiva na Ucrânia nos próximos meses, pelo que seria crucial o envio de mais armamento e apoio para a Ucrânia, principalmente com tanques e mísseis.
A própria Polónia, bem como a Finlândia, já se mostraram disponíveis para enviar os tanques Leopard 2, de fabrico alemão, se Berlim assim o permitir.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, espoletando um conflito armado que causou desde então, a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo a ONU.
A invasão, que é justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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