Abbas relatou ao conselheiro do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, "os últimos acontecimentos na Palestina, incluindo as medidas adotadas pelo novo Governo israelita com o objetivo de destruir a solução de dois Estados e as oportunidades de paz e estabilidade na região", segundo a nota divulgada pela agência oficial palestiniana Wafa.
Entre as medidas constantes dos acordos da nova coligação governamental israelita, embora não sejam vinculativas, estão a anexação da Cisjordânia ocupada, a imposição da pena de morte a "terroristas" -- forma como Israel classifica os palestinianos que cometem ataques ou envolvidos na luta armada -- e a proibição da bandeira palestiniana.
Abbas também insistiu na importância de os Estados Unidos intervirem para travar a expansão dos colonatos, bem como para preservar o 'statu quo' vigente na Esplanada das Mesquitas.
Sullivan encontra-se de visita na zona, onde hoje se reuniu com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e também com os ministros dos Negócios Estrangeiros e Defesa, Eli Cohen e Yoav Gallant, respetivamente, e na quarta-feira com o Presidente da República de Israel, Isaac Herzog.
Com as autoridades israelitas, discutiu a importância de expandir os Acordos de Abraão, especialmente com a Arábia Saudita, e a ameaça nuclear iraniana.
Embora não tenha sido oficialmente divulgado, da agenda de Sullivan consta igualmente a possível visita do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, a Israel e à Palestina em finais de janeiro e a de Netanyahu aos Estados Unidos nos próximos meses.
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