Para restaurar a paz, o "passo-chave" é fornecer armas à Ucrânia, "agora"

O apelo de Podolyak surge num momento em que o Grupo de Contacto para a Ucrânia, criado e liderado pelos Estados Unidos e que integra cerca de 50 países, vai reunir-se, esta sexta-feira.

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Daniela Filipe
20/01/2023 09:40 ‧ 20/01/2023 por Daniela Filipe

Mundo

Ucrânia/Rússia

O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, considerou, esta sexta-feira, que o “passo-chave” a tomar para colocar um ponto final ao conflito na Ucrânia e alcançar a paz passa por fornecer armas àquele país, “agora”.

Através da rede social Twitter, o responsável enumerou as “concessões básicas adotadas pelo mundo democrático”, começando por apontar que “a Federação Russa deve perder” e está a “travar uma guerra genocida em grande escala contra a Ucrânia”.

A Federação Russa deve deixar o Donbass e a Crimeia”, disse ainda, complementando que o país “comete assassinatos de civis em massa”.

Passo-chave: para realmente acabar com a guerra e restaurar a paz, a Ucrânia precisa de armas. Hoje. Agora”, escreveu.

O apelo de Podolyak surge num momento em que o Grupo de Contacto para a Ucrânia, criado e liderado pelos Estados Unidos e que integra cerca de 50 países, vai reunir-se, esta sexta-feira, na base aérea norte-americana de Ramstein, na Alemanha, para coordenar o fornecimento de mais ajuda a Kyiv.

De notar que o fornecimento de tanques Leopard 2 pesa sobre o novo ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, que tomou posse esta semana e reuniu-se na quinta-feira, pela primeira vez, com o seu homólogo norte-americano. Após o encontro, Boris Pistorius insistiu que não haveria "decisões unilaterais" do lado alemão.

A Polónia, por seu turno, mostrou-se disponível a tomar medidas "fora do normal, mesmo que alguém se ofenda com isso". Isto porque, na ótica do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros daquele país, Paweł Jabłoński, "quanto mais cedo transferirmos mais tanques para a Ucrânia, mais segura também ficará a Polónia".

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram 6.952 civis desde o início da guerra e 11.144 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: EUA e restantes aliados de Kyiv discutem esta sexta-feira apoio militar

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