"A Ucrânia continua a precisar de apoio para defender o território", refere-se num comunicado do ministro da Defesa finlandês, Mikko Savola.
O Ministério da Defesa não especifica os detalhes do novo abastecimento militar (o mais avultado até ao momento) mas o conselheiro especial, Mikka Pynnonen, disse à Agência France Presse que o novo pacote não incluiu os carros de combate Leopard.
Trata-se do 12.º programa de ajuda militar da Finlândia à Ucrânia sendo que os anteriores representam um valor total de 190 milhões de euros.
O Ministério da Defesa do governo de Helsínquia indicou que vai assinar uma declaração de intenções, em conjunto com o Executivo da Suécia, sobre o apoio à Ucrânia, no sentido de expressar que os programas de ajuda "não colocam em perigo a defesa nacional dos dois países".
"A Finlândia está a fornecer equipamento de defesa à Ucrânia e a Suécia está pronta a apoiar a Finlândia, se necessário", indica o documento.
Na quinta-feira, a Suécia comprometeu-se a enviar para a Ucrânia sistemas de artilharia (Archer), blindados ligeiros e mísseis anti-tanque.
Entretanto, a Alemanha enfrenta a pressão crescente dos aliados europeus que pedem a Berlim a o envio de de tanques Leopard para vários exércitos europeus (com a autorização de reexportação), incluindo a Finlândia.
"Esperamos que esta decisão (de entregar Leopard) seja tomada, e a Finlândia fique totalmente preparada para participar neste apoio", disse terça-feira o Ministro dos Negócios Estrangeiros finlandês, Pekka Haavisto.
Hoje, meia centena de países, que integram o grupo de contacto da Ucrânia, reúnem-se na base norte-americana de Ramstein, na Alemanha, para decidir sobre a ajuda militar à Ucrânia.
Os pedidos de Kyiv concentram-se sobretudo nos blindados Leopard 2, de fabrico alemão.
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