"Trata-se de dois lançadores e de mísseis", realçou o Ministério da Defesa neerlandês em comunicado, confirmando a intenção manifestada pelo primeiro-ministro Mark Rutte, durante uma conferência de imprensa com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington, na terça-feira.
O apoio resulta de um "projeto de colaboração com os Estados Unidos e a Alemanha", que diz respeito à "entrega conjunta de sistemas de defesa antiaérea Patriot à Ucrânia", especificou o governo neerlandês.
"Esta cooperação resulta do apelo urgente do Presidente ucraniano [Volodymyr] Zelensky" que "deseja meios de defesa aérea para que o seu país se possa defender dos contínuos ataques com mísseis e drones às cidades ucranianas", segundo a mesma fonte.
Os Países Baixos também vão assumir o treino de soldados ucranianos e fornecer 100 veículos com armas antiaéreas compradas à República Checa.
Os Estados Unidos anunciaram no final de dezembro o fornecimento de um sistema de defesa antiaérea Patriot para a Ucrânia, durante a visita de Zelensky a Washington. Berlim também se comprometeu a fornecer um desses sistemas em 05 de janeiro.
Os neerlandeses também anunciaram que se juntaram a um "grupo de países, incluindo a Alemanha", que estudam as possibilidades de fornecer tanques pesados a Kiev, incluindo treino.
Os aliados de Kyiv não chegaram hoje a acordo sobre a entrega de tanques pesados, durante a reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia em Ramstein, na Alemanha, apesar das pressões sobre o governo do chanceler Olaf Scholz, para que Berlim dê 'luz verde' para a cedência dos tanques de guerra Leopard 2, de fabrico alemão.
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, não descartou o envio, mas indicou que não existe um parecer unânime sobre o destacamento de tanques Leopard 2, de fabrico alemão, que Kiev afirma precisar para combater as forças russas na região de Donbass (leste da Ucrânia), confirmaram fontes diplomáticas à agência noticiosa espanhola Europa Press.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031 civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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