EUA. Escola terá sido avisada 3 vezes sobre aluno que baleou professora
A escola do estado norte-americano de Virgínia onde uma criança de seis anos baleou uma professora terá sido avisada de que um aluno estava armado em três ocasiões diferentes, apenas horas antes da tragédia.
© Jay Paul/Getty Image
Mundo EUA
A advogada da professora que foi baleada por um aluno de seis anos numa escola do estado de Virgínia, nos EUA, alega que o estabelecimento de ensino foi avisado em três ocasiões diferentes de que um dos seus alunos estava armado. Já antes tinha sido noticiado que a escola saberia que a criança estava armada, mas a jurista revelou, esta quarta-feira, vários detalhes sobre o caso.
No início deste mês, uma criança de seis anos baleou "de propósito" a sua professora, Abigail Zwerner, na Escola Básica de Richneck, após a administração da mesma ter ignorado, durante três horas, os avisos de que estaria armada, alegou Diane Toscano, advogada da vítima, numa conferência de imprensa, citada pela Reuters.
"Essa tragédia poderia ter sido totalmente evitada se o administrador escolar responsável pela segurança escolar tivesse feito a sua parte e agido quando soube do perigo iminente", disse Toscano, sem esclarecer qual a indemnização que vai pedir em nome da professora, ferida no peito.
Foi marcada para esta quarta-feira uma reunião especial para decidir sobre o futuro do superintendente George Parker, que admitiu previamente que pelo menos um administrador sabia que a criança poderia estar armada.
A própria professora foi a primeira a avisar um administrador da escola de que esta mesma criança tinha ameaçado bater noutra, mas acabou por não ser castigada. Mais tarde, uma segunda professora suspeitou que o menino tinha uma arma, mas não a encontrou quando revistou a sua mochila, avisando o mesmo administrador que acreditava que o menino a teria colocado no bolso antes de ir para o recreio, defende a advogada.
Finalmente, argumentou Toscano, outro aluno disse a um terceiro professor que a criança lhe mostrou uma arma durante o recreio e ameaçou disparar se contasse a alguém.
No seguimento desta denúncia, um quarto funcionário pediu permissão para revistar o menino após saber da ameaça, mas o seu pedido acabou negado pelo mesmo administrador de segurança da escola, alegou a advogada. "Foi-lhe dito para esperar a situação passar porque o dia escolar estava quase no fim. Tragicamente, quase uma hora depois, a violência atingiu" esta escola, disse Toscano.
A professora Abigail Zwerner, de 25 anos, foi baleada no peito pela criança, mas encontra-se em estado estável.
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