O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, recordou, através de uma publicação na rede social Twitter, que entre os "alvos" do mais recente "ataque de mísseis massivo, a Rússia visou Odessa, causando cortes maciços de energia" na região.
Pela mesma via, o governante considerou que tal "destruição é a resposta de [Vladimir] Putin", o presidente russo, ao facto de o centro histórico da cidade portuária ucraniana ter sido adicionada à lista do Património Mundial pela UNESCO e, também, à listagem do Património Mundial em Perigo.
Em causa estão bombardeamentos que, de facto, aconteceram menos de 24 horas depois do centro histórico da cidade portuária de Odessa ter sido adicionado a essas mesmas listas.
Among targets of today’s mass missile strike, Russia struck Odesa causing massive power outages. This destruction is Putin’s response to @UNESCO inscribing Odesa on its World Heritage List yesterday and placing it under reinforced protection of the World Heritage in Danger List.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) January 26, 2023
Segundo a informação disponibilizada pela administração militar da região na rede social Telegram, tais ataques sobre Odessa terão causado danos nas infraestruturas energéticas da cidade portuária.
A Reuters, por sua vez, está a reportar que, até ao momento, as autoridades não deram conta da existência de feridos na região.
Tudo aconteceu no âmbito do que aparenta ser um novo ataque em larga escala sobre várias regiões ucranianas, como é o caso de Kherson e Kyiv. Na capital ucraniana, por exemplo, há registo de uma vítima mortal e dois feridos na sequência dos ataques russos, segundo confirmou o autarca da cidade de Kyiv, Vitali Klitschko, na rede social Telegram.
Esta investida ocorreu, também, um dia depois de os países aliados terem anunciado o fornecimento de tanques pesados à Ucrânia - no seguimento do pedido feito por Kyiv, que alegava precisar dos mesmos para combater a invasão russa.
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, tirou já a vida a mais de sete mil civis, com outros 11 mil a terem ficado feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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