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"Mensagem simbólica". Bruxelas insiste em realizar cimeira em Kyiv

A Comissão Europeia insistiu hoje na realização da cimeira entre a União Europeia (UE) e a Ucrânia em 3 de fevereiro em Kyiv, apesar das crescentes preocupações de segurança devido à intensificação dos bombardeamentos de Moscovo.

"Mensagem simbólica". Bruxelas insiste em realizar cimeira em Kyiv
Notícias ao Minuto

12:27 - 27/01/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"[A realização da cimeira] está a ser organizada com todo o apoio do Governo da Ucrânia, sem isso, de modo algum, consideraríamos ir lá", respondeu o porta-voz da Comissão Eric Mamer, em conferência de imprensa, em Bruxelas, depois de ser questionado sobre as questões de segurança associadas à realização da cimeira entre o bloco comunitário e a Ucrânia.

Os detalhes ainda não estão decididos, acrescentou o porta-voz, que recordou que haverá dois eventos em separado: uma reunião do colégio de comissários com o Governo ucraniano e a cimeira.

"O encontro [...] é uma mensagem muito forte, simbólica, de solidariedade para com a Ucrânia, neste momento muito difícil para a história daquele país", acrescentou Eric Mamer.

Bruxelas tem um "diálogo muito próximo" com as autoridades ucranianas e não haverá decisões tomadas "sem o total acordo" de Kyiv.

No início do ano, depois de uma conversa telefónica entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ficou decidida a alteração do local da cimeira de Bruxelas para Kyiv, mas sem a presença dos chefes de Estado e de Governo dos Estados-membros da UE.

A decisão colocou fim às especulações sobre uma possível deslocação de Zelensky para fora do país que está em guerra com a Rússia há quase um ano, depois de uma visita surpresa do chefe de Estado ucraniano a Washington, em dezembro.

A cimeira vai realizar-se numa altura em que é esperada uma intensificação da ofensiva russa a partir do final do inverno e num momento em que os Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) acordaram a disponibilização de veículos de combate pesados para auxiliar a defesa ucraniana.

Em resposta a este esforço concertado dos países que integram o bloco militar, o Kremlin respondeu com bombardeamentos em várias cidades ucranianas, nomeadamente a capital, Kyiv.

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