O Ministério do Interior espanhol garante que o alegado jihadista de Algeciras não foi expulso de Espanha - apesar de se encontrar numa situação irregular -, por falta de um procedimento com Marrocos.
Segundo o El Confidencial, o procedimento consiste em solicitar ao consulado marroquino uma série de dados, necessários para poder devolver Yassine Kanjaa ao seu país com todas as garantias.
O que o ministério não esclarece é se esses dados foram sequer solicitados às autoridades magrebinas. Já Marrocos, esclarece que ninguém lhes pediu nada.
Questionado pelo mesmo meio de comunicação, o ministério culpou esse trâmite burocrático pela demora de quase três meses na expulsão do alegado assassino de Algeciras. Segundo a versão do Interior, era necessário um salvo-conduto porque o indivíduo não tinha passaporte. Nestas situações, a Polícia tem de contactar o consulado para solicitar dados que comprovem que o indivíduo é expulso para o seu país de origem e não para outro qualquer.
Segundo o portal marroquino Le 360, citado pelo Le Confidencial, Marrocos não recebeu "nenhum" pedido do lado espanhol para a possível expulsão por "situação irregular em Espanha do suposto jihadista Yassine K".
Uma pessoa morreu e outras quatro ficaram feridas na quarta-feira da semana passada num ataque em igrejas em Algeciras, depois de agredidas com uma arma branca por um homem que foi detido no mesmo dia, quando percorria ruas da cidade.
O homem dirigiu-se a pelo menos duas igrejas no centro de Algeciras e, com gritos de "Alá", atacou várias pessoas com uma arma semelhante a uma catana, tendo uma delas, um sacristão, morrido, segundo autoridades espanholas e relatos divulgados pelos meios de comunicação social.
Outra das pessoas atacadas, um padre, ficou ferida com gravidade.
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