Segundo um comunicado do Conselho, o sétimo pacote de assistência às Forças Armadas da Ucrânia, disponibilizado através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (MEAP), foi, esta quinta-feira, adotado em Bruxelas no âmbito da cimeira entre a UE e a Ucrânia, na sexta-feira, em Kiev, e eleva o contributo europeu para os 3,6 mil milhões de euros.
Os Estados-membros deram ainda luz verde a uma nova verba de 45 milhões de euros para financiar a Missão de Assistência Militar da UE (UEMAM Ucrânia) e que se destina a "fornecer o equipamento e materiais não letais necessários, bem como os serviços de apoio às atividades de formação".
A UE sustenta que "a mobilização de assistência e apoio militar adicional às Forças Armadas da Ucrânia treinadas pela EUMAM Ucrânia demonstra que a UE permanece firme no seu apoio aos militares ucranianos na defesa do país contra a escalada da agressão ilegal.
A UE está a apoiar a Ucrânia na defesa da sua soberania e integridade territorial, ameaçadas pela invasão russa de 24 de fevereiro de 2022.
No âmbito do aniversário da invasão russa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, acompanhada por 15 comissários, mantiveram hoje, em Kiev, reuniões com o governo ucraniano.
Na sexta-feira decorre a 24.ª cimeira UE-Ucrânia, que junta, além de Von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, com o processo de adesão à UE em cima da mesa, entre outros temas.
O MEAP, criado em março de 2021, é um novo instrumento financeiro para promover as capacidades de segurança e defesa da UE e ajudar a preservar a paz em todo o mundo, com uma verba de cinco mil milhões de euros para o período 2021-2027, a financiar pelos Estados-membros da UE.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.068 civis mortos e 11.415 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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