O antigo presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, disse, esta quinta-feira, que os fornecedores de armas vão "aumentar significativamente" as suas entregas de material militar à Rússia durante 2023. A informação foi por ele avançada numa publicação nas redes sociais, aqui citada pelo The Guardian.
Aquele que é, também, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia escreveu: "As nossas forças armadas recebem regularmente fornecimentos completos de vários tipos de mísseis. A entrega de todo o tipo de material militar irá aumentar significativamente em 2023".
Medvedev acrescentou ainda que estes novos fornecimentos vão ajudar Moscovo a infligir uma "derrota esmagadora" à Ucrânia no campo de batalha.
As declarações do ex-presidente russo surgem numa altura em que os aliados da Ucrânia têm vindo a anunciar novos pacotes de apoio militar ao país invadido pela Rússia.
Países como Estados Unidos, Alemanha e outros parceiros ocidentais cederam, inclusive, no fornecimento dos tanques pesados Leopard 2, tão cobiçados pelo governo de Kyiv, que alegava precisar deles para combater as tropas russas.
Da 'lista de desejos' ucraniana constam, agora, também os caças de combate, que se estão a mostrar (ainda) menos consensuais.
De facto, o Reino Unido defendeu que o envio de caças de combate para a Ucrânia não era a abordagem correta a ter de momento. Estados Unidos e Alemanha têm também vindo, até agora, a excluir o envio dos mesmos para a Ucrânia - com a posição da Polónia a ser, recorde-se, a oposta.
Também França, que produz os seus próprios jatos, parece estar mais aberta a essa possibilidade. Isto porque, na segunda-feira, o seu presidente, Emmanuel Macron, garantiu que o fornecimento dos mesmos não era um tabu, desde que não fossem usados para atingir território russo.
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, tirou a vida a, pelo menos, 7.110 civis, com outros 11.547 a terem ficado feridos, de acordo com os mais recentes cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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