Os investigadores revistaram instalações na Bélgica, Alemanha e Países Baixos após uma investigação de mais de dois anos, que começou em setembro de 2020 e levou ao encerramento do serviço de mensagens secreto "Exclu Messenger".
Os investigadores "tiveram acesso a dados deste serviço de comunicação codificado utilizado pelos criminosos e puderam ler as suas mensagens durante os últimos cinco meses", disse a polícia neerlandesa num comunicado divulgado hoje.
As polícias francesa, italiana e sueca, assim como a Europol e a sua agência judiciária Eurojust, também estiveram envolvidas na investigação do "Exclu Messenger".
A polícia apreendeu dois laboratórios de fabrico de droga, uma instalação de processamento de cocaína e vários quilos de droga, e quatro milhões de euros em bens, de artigos de luxo a armas, precisou a polícia.
Utilizado por cerca de 3.000 pessoas, das quais cerca de 750 falavam neerlandês, "Exclu Messenger" foi instalado em "smartphones" e custava aos utilizadores 800 euros por seis meses.
"´Exclu´ permitiu aos utilizadores trocar mensagens, fotografias, notas, memorandos de voz, conversas em linha e vídeos", acrescentou a polícia no comunicado.
Este foi o último serviço de comunicação encriptado a ser invadido pelas forças da lei, na sequência de sucessos anteriores, como em 2021, quando os investigadores conseguiram entrar na "Sky ECC", outra aplicação utilizada por bandos criminosos, que acreditavam que era inviolável.
A investigação de 2021 permitiu aos investigadores o acesso a milhares de mensagens trocadas entre bandos e redes criminosas, levando a um grande número de detenções.
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