O Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE) informou que o Presidente sérvio, Alexander Vucic, e o primeiro-ministro kosovar, Albin Kurti, já confirmaram a sua participação.
A mesma fonte precisou que Borrell, com o apoio do representante especial da União Europeia (UE) para o diálogo Belgrado-Pristina, Miroslav Lajcak, realizará reuniões separadas com os líderes da Sérvia e do Kosovo, que serão seguidas de uma reunião conjunta.
O encontro de segunda-feira, dia 27 de fevereiro, deverá centrar-se na mais recente proposta da UE para a normalização das relações entre o Kosovo e a Sérvia, que ainda está a ser trabalhada e deverá conduzir a um acordo juridicamente vinculativo.
Em dezembro passado iniciou-se uma fase de pacificação das relações entre as duas partes, com o fim dos bloqueios de estradas realizados pelos sérvios do Kosovo.
Com estes bloqueios, os sérvios do Kosovo quiseram protestar contra as políticas do Governo central, que consideram discriminatórias para a minoria sérvia no Kosovo, principalmente no norte.
Depois de responsabilizar Pristina pelas tensões crescentes, Belgrado chegou ao ponto de colocar o exército e a polícia em alerta máximo de combate, um nível que inclui a possibilidade de recorrer ao armamento.
Belgrado nunca reconheceu a secessão unilateral do Kosovo em 2008, proclamada na sequência de uma guerra iniciada com uma rebelião armada albanesa em 1997 que provocou 13.000 mortos, na maioria albaneses, e motivou uma intervenção militar da NATO contra a Sérvia em 1999, à revelia da ONU.
Desde então, a região tem registado conflitos esporádicos entre as duas principais comunidades locais, num país com um terço da superfície do Alentejo e cerca de 1,7 milhões de habitantes, na larga maioria (perto de 90%) de etnia albanesa e religião muçulmana.
O Kosovo independente foi reconhecido por cerca de 100 países, incluindo os Estados Unidos, que mantêm forte influência sobre a liderança kosovar, e a maioria dos Estados-membros da UE, à exceção da Espanha, Roménia, Grécia, Eslováquia e Chipre.
A Sérvia continua a considerar o Kosovo como parte integrante do seu território e Belgrado beneficia do apoio da Rússia e da China, que à semelhança de dezenas de outros países (incluindo Índia, Brasil, África do Sul ou Indonésia) também não reconheceram a independência do Kosovo.
[Notícia atualizada às 15h20]
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