China critica "protecionismo" dos EUA no comércio dos 'chips' eletrónicos
O responsável da diplomacia chinesa Wang Yi considerou hoje que as restrições norte-americanas impostas à exportação de semicondutores eletrónicos para empresas chinesas evidenciam um "protecionismo a 100%" dos Estados Unidos.
© Reuters
Mundo Wang Yi
Em outubro passado, os EUA, em nome da "segurança nacional", anunciaram novos controlos à exportação destinados a limitar a capacidade de Pequim de comprar e fabricar 'chips' de última geração "usados em aplicações militares".
Estas restrições são "100% egoístas, 100% unilaterais" e "violam gravemente o princípio do livre comércio", afirmou Wang Yi, diretor do Gabinete da Comissão de Negócios Estrangeiros do Partido Comunista da China, durante a Conferência de Segurança de Munique, condenando a posição norte-americana de não aceitar a "livre concorrência".
Segundo o diplomata chinês, tais restrições refletem "uma perceção errónea da China" por parte dos Estados Unidos.
"Com essa perceção, os Estados Unidos estão a utilizar todos os meios para reprimir e denegrir a China e incitar outros países a fazerem o mesmo", acusou Wang, acrescentando: "Não temos medo da concorrência, mas queremos uma competição justa e baseada em regras".
O objetivo de Washington era complicar o desenvolvimento por Pequim da sua própria indústria de semicondutores. Estes 'chips' são objeto de uma feroz batalha entre as duas potências económicas pelo domínio tecnológico.
Os Estados Unidos acusam regularmente a China de espionagem industrial e ameaças à sua segurança nacional.
A China anunciou em dezembro a abertura de um processo na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os Estados Unidos devido às restrições impostas.
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