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Blinken reuniu-se com diplomata chinês em Munique

Encontro decorreu depois de crise dos alegados balões espiões motivar cancelamento da visita de Blinken à China.

Blinken reuniu-se com diplomata chinês em Munique
Notícias ao Minuto

21:37 - 18/02/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo EUA

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, reuniu-se, este sábado, com o principal diplomata chinês, Wang Yi. A informação foi confirmada por um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano.

Sublinhe-se que a reunião decorreu em Munique, à margem da Conferência de Segurança, e é a primeira entre altos responsáveis de ambos os países desde a mais recente crise dos alegados balões espiões da China sobre território norte-americano.

Segundo a mesma fonte, Blinken avisou o diplomata chinês de que este tipo de incidente "nunca mais deve acontecer". Além disso, deixou também alertas para as "implicações e consequências" para a China caso se confirme o fornecimento de "apoio material" à Rússia.

A reunião, que decorreu à porta fechada, prolongou-se por cerca de uma hora e o diálogo decorreu "de forma franca e aberta", revelou por sua vez aos 'media' um alto responsável do Departamento de Estado, sob cobertura de anonimato.

Recorde-se que o incidente do balão impeliu Blinken a adiar à última hora uma deslocação a Pequim prevista para o início de fevereiro e reavivou as tensões entre as duas grandes potências rivais.

"O secretário de Estado indicou claramente que os Estados Unidos não vão tolerar qualquer violação da sua soberania e que o programa de vigilância a alta altitude da China foi exposto aos olhos do mundo", prosseguiu o porta-voz do Departamento de Estado.

"Em relação à guerra brutal conduzida pela Rússia na Ucrânia, o secretário alertou contra as implicações e consequências para a China caso forneça um apoio material à Rússia ou a ajude a contornar as sanções" impostas pelos ocidentais.

Blinken também fez questão de reiterar a Wang Yi que os Estados Unidos não procuram um "conflito" com a China, nem uma "nova guerra fria", e que Washington pretende manter linhas de comunicação abertas com Pequim, apesar das suas divergências.

Previamente, e na sua intervenção na conferência, Wang reiterou as críticas de Pequim aos Estados Unidos pelo derrube do balão e indicou que se tratava de um objeto voador sobretudo utilizado para pesquisa meteorológica com capacidades limitadas e que alterou a sua rota devido aos ventos.

Wang também acusou os Estados Unidos de violarem as normas legais internacionais ao decidirem destruir o objeto com um míssil disparado de um caça norte-americano.

"Estas ações não demonstram que os EUA são grandes e fortes, mas indicam exatamente o contrário", disse.

Wang, que ocupa o mais alto cargo oficial para a política externa do Partido Comunista Chinês, também acusou os Estados Unidos de bloquearem os avanços económicos da China e impedirem o seu desenvolvimento.

[Notícia atualizada às 22h14]

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